quarta-feira, janeiro 24, 2007

Posfácio Japão: Hilde


- Lar, doce lar! - Hilde suspirou, largando as malas no meio da sala, enquanto se jogava no sofá.

Rylan, que vinha entrando logo atrás dela, bufou, ao mesmo tempo em que revirava os olhos.

- Hilde, você se importa em tirar sua tralha do meio para abrir passagem?

- Você pode pular por cima. - ela respondeu, dando de ombros.

- Merlin, me dê um único bom motivo para eu não cometer fraticídio nesse exato instante...

Hilde sorriu.

- Se você matar sua querida irmãzinha, como vai se aproximar de Asuna-chan? Ela ficará muito sentida com meu desaparecimento, sabia? E creio que não irá querer saber de conversar com o assassino de sua melhor amiga.

- Talvez esse ainda fosse um preço pequeno a pagar para me livrar de você. - Rylan suspirou.

- Vocês já estão brigando? - Ceres acabara de passar pela porta, segurando a bolsa com o que restara dos lanches da viagem - Hilde, trate de tirar sua bagagem do meio da sala!

Rylan deu um sorriso vitorioso para a caçula, que apenas se levantou de má vontade, arrastando os pés e pegando suas malas, dirigindo-se finalmente para o próprio quarto.

Depois de largá-las novamente ao pé do guarda-roupa, ela jogou-se em sua cama, abraçando um estranho bichinho de pelúcia.

- Olá, Mokona! Sentiu minha falta?

Da sala, veio a voz de seu pai, perguntando porque eles precisavam ter trazido tantos livros de Londres, ao que a mãe respondera com algo que ela não conseguira entender, mas que calara completamente o velho professor Edward.

Hilde revirou-se na cama, ficando de barriga para cima de modo a poder encarar o teto, sem largar o Mokona branco. Dali a dois dias, a barca vinda de Suzuko chegaria com os alunos e as aulas teriam reinício. Entretanto, estava mais preocupada com o que deixara em Londres que com o futuro próximo.

Como estaria Mina? Será que melhorara da gripe? Sequer conseguira se despedir dela... Tampouco de Lusmore, que sumira poucos dias depois de ter trazido a menina de volta para casa, de uma das rondas pelas ilhas atrás de dragões jovens. Hilde não precisava ser um gênio para perceber que o primo gostava da jovem domadora, mas vê-lo quase desesperado com Mina nos braços fora uma cena digna de um mangá shoujo...

Suspirou de leve. Infelizmente, para Lusmore, o sentimento não era recíproco. Por que esse tipo de coisa sempre tinha que ser tão complicada?

- Eu que o diga... - ela resmungou baixinho para si mesma.

Aproximado-se da janela, ela vislumbrou os terrenos vazios da escola. Dali a dois dias, aquilo estaria novamente pululando de gente cheio de alunos. Hide não pode evitar de sorrir. Estava de volta a sua casa. Amaterasu, o lar do sol...

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